27 de julho de 2024
OpiniãoZ2

Dr. João Ferreira – Traições?

Nos últimos meses, estão sendo vistos alguns comentários sobre supostas traições políticas por aí. Infelizmente, é algo corriqueiro na política (embora não devesse ser). Estranho seria se não houvesse (se é que houve realmente traições ou apenas consequências dos coronelismos vistos mundo afora).

Como dito há muito, por Nélson Rodrigues (e usado em outra coluna) só o inimigo nunca trai. Do inimigo, nunca haverá senão aquilo que dele se espera.

Aqui não haverá traição. Seguiremos na mesma toada contra o nazismo, contra o fascismo, contra a ditadura e contra (claro) o coronelismo. Não negociamos princípios nesta coluna, como fazem alguns paus mandados de tiranos em seus acertos locais (estamos de olho e já sabemos de muita coisa).

Podem nos chamar disso ou daquilo. Podem nos acusar daquilo que os próprios acusadores são. Enquanto houver ódio, estaremos lá para plantar o amor, sem esquecer de arrancar o joio (que sempre quer se parecer conosco, o trigo).

Não há cruz que não possa ser carregada para combater o mal. No fim, a jornada terá sido válida. O nosso papel nesse mundo terreno é buscar a santidade, realizar obras de fé e alcançar a salvação. Sem traições.

Por outro lado, fica, porém, a pergunta: é traição reagir a quem lhe faz mal, a quem cospe na sua cara e a quem pisa na sua honra? Sejam sinceros: as paredes dos bastidores da política ouviram.

Sabemos o que os coronéis fizeram no verão passado e garantimos: não há traição quando você reage à humilhação dos poderosos. A versão mentirosa que insistem em espalhar por aí (e, talvez, até prevaleça – brevemente -, pois o acerto de contas do Juízo Final resolverá tudo) é apenas mais uma obra do “tinhoso-mor” da comuna.

Aliás, vale a pena vender a alma e a salvação eterna por um diploma de quatro anos? Vale a pena ficar ao lado do mal por um lugar no palco da vida política? Vale a pena dormir com quem lhe esfaqueou ontem mesmo?

Não traiam seus princípios, não abracem o mal. Não durmam com o filho do maligno. E repudiem a língua ferina dos que acusam traição onde houve reação.

Ringue

“O mundo não é um mar de rosas; é um lugar sujo, um lugar cruel, que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar. Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer” (BALBOA, Rocky).

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